Saco de Plástico

Não me afogues já,

Quero tudo ao mesmo tempo!

 

 Que será isto de ser um saco de plástico? Só sei que bebo respirações à pressa e continuo a revelar estes estímulos que revogo para todos. Passo o tempo a rebentar chamadas para o futuro que há de nos encher as medidas, mas não somos jarros nenhuns para que eu ouse essa insolência que me parte todos os dias fora de casa.

SARDINHAS E OUTROS PEIXES

SARDINHAS E OUTROS PEIXES

Tenho na memória, que na minha aldeia arraiana, Bismula (Sabugal), o primeiro peixe que saboreei foram sardinhas. Naqueles tempos difíceis uma sardinha dava para três irmãos. Atualmente vendidas aos preços nos Festejos dos Santos Populares, os pobres nem lhe tocam, ficam contentes com o cheiro, estamos pior que antigamente, ao menos uma dava para três.

A seguir a esta espécie marinha, vinha o carapau grande, o chicharro e finalmente o bacalhau.

Pagar contas

Não nascemos só

para pagar contas e morrer,

nascemos para muito mais,

para amar e odiar,

para rir e chorar,

para cantar e dançar,

para a alegria e a tristeza

mas principalmente

para viver,

viver a vida de uma forma plena,

consistente,

integra de realizações,

de conflitos de felicidade,

de gratidão,

de desânimo,

de conforto

viver, viver, viver...

não para correr atrás da vida

ela acontece

quer queiramos ou não

está ali

e passa dia após dia

Estás dentro de todas as coisas

Estás dentro de todas as coisas

Quando entro em casa e vou ao jardim estás junto das tuas flores, quando vou ao quarto estás dentro do armário, quando abro o meu jogo de xadrez és a rainha que se movimenta em todas as direções, quando entro no carro estás sentada ao meu lado…

Estás dentro de todas as noites e dentro de todos os dias, dentro de todos os sofrimentos e de todas as alegrias.

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