Um dia...depois do adeus

Eu sei, assim será decerto…um dia, depois do adeus,
O assombroso anoitecer que acontece distraindo até o supremo
Silêncio doloso, factual, porventura, inútil, viciante … textual

Um dia…depois do adeus qual gota de orvalho desprendo-me
Das pétalas da solidão escorrendo licorosamente ladeira abaixo
Revitalizando este tempo enfeitado de desejos magníficos e irreverentes

UM(A)

Tudo recebendo,
Dando e a nada
Nos prendendo:
Unidade.
.
Sabendo e não sabendo
Para onde vamos;
Parando sem sabermos
E sabendo porque paramos;
Unidos e desunidos de ambiente;
Fazendo o que não fizemos
E o que fizemos.
.
Esquerda sobrecarregada,
Precisando de ser ajudada
É naturalmente por direita
Ajudada pois um só corpo são.
.
Um(a) só corpo\espírito\mente
É o que somos, todos os seres,
Todas as coisas, uns/umas
Mais corpo outras(os) mais mente.
.

Assim sou eu

Procuro no passado,
a dor da tua presença,
do doce amargo, de um desejo,
desejado e agora acabado.
Promessa, maldição,
foram as tuas palavras,
no meu coração,
foi amor, entrega, um sim na eternidade,
que quebrou,
na saudade.
Em ti me perdi,
em ti, fiz abismo sem fundo,
onde apenas um destino,
era uno.
Enlaço os lábios,
mas não faço sorrir
toldo um viver, num embuste de um sentir,
sou um desconhecido,
num sonho perdido;
lágrimas secas, amor dormente,

VERDADE

VERDADE

Nada, nenhum ser existe, se sustenta

Somente por si próprio apesar de uns seres

Serem mais evoluídos, poderosos, sábios,

Belos, compassivos, justos… do que outros seres…

.

Deixar de estar num lado para estar

Noutro, numa forma para estar\ser

Noutra não é deixar de existir…

Só forma de comunicar há que descobrir…

.

Se excessivamente busco nirvana, céu, gozo, despertar,

Iluminação, crescer, saber, ganhar…

Samsara, inferno, dor, corrupção, trevas,

Diminuição, perder… experimento…

Pingo ausente

Solto-me e um silencio quebra,
num arrepio de solidão,
que embate e perfura o coração.
São tantas as linhas quebradas, apagadas,
que já não conheço leme,
para reescrever, o sentido certo,
dum mapa há muito perdido.
Risco, deixo o rascunho,
reescrevo, e nada se cria,
apenas uma empatia, ligeira e superficial,
de que o amanhã será real.
Pouco a pouco, caio, num cair de não mais subir,
numa inconsciência, de sonhar presença,
e esvoaço, tomo o enlaço. toma a bandeira,

correntes

a elite novamente esta no comando
portas fecharam-se e o povo oprimido
esta em casa vendo tv
viva a revolucao
o brasil foi ao bar tomar uns tragos
e ainda nao voltou
viva eu viva tu e o rabo do tatu
o presidente esta rindo, nao se temer a toa
as rua estao vazias
elite burguesa
festeja.

Sensação

Sensação,
de que tudo é vão,
somente o olhar,
que não olho,
o sentir,
que não sinto,
tolda uma razão,
aquela que do mundo,
é perdição.
Perdido, grito presente,
consciente, faço-me entoar,
um verbo fingido,
dum estar.
Um engano,
um pranto negro,
num olhar brilhante,
que atenua a cada dia,
em enredo cessante.
É assim, um som,
um toque, uma criança,
um esvoaço dum olhar,
dum sentimento,
exasperar,
dum estado sem teoria,
para um respirar,

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