Afogado em gritos sanguíneos

Em miríades de delírios criei o afastamento do meu eu.
No fervoroso ardor em ver o prazer de outrem que não respinga em mim.
Eu sou como um demônio que sobrevoa a vila dos prazeres dos arcanjos.
Eu grito por dentro; minha garganta rasga e transborda o sangue rubro.
Quase rubro, é da cor de uma rosa que sangra, como um flamingo perdido;
Diria Anne S., mas eu a memetizo, pois como disse, afastei de meus próprios ideais
O poeta é um vampiro, vive de sugadas, enquanto não sente seu próprio sangue
O sangue que escorre de mim é negro e fede como graxa
Eu queria a vermelhidão, mas infelizmente sou um Nosferatu na vida das pessoas: vivo de mágoas, bizarrices, choros e mentiras.

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