Alma Vadia

 

À deriva, 

por entre palavras alinhavadas,

rimas desfeitas, 

vida inquieta.

 

Sou alma vadia,

de lágrimas em fio,

afundada em conflitos meus,

desassossegos permitidos.

 

Lançada à toa,

perdida nas ventanias dos 'porquês',

mulher vagabunda de mãos vazias,

roubada em êxtases improváveis.

 

Inconstante, de caminho sem fim,

arrastada na garra da vontade,

atrevo-me na inspiração do desconhecido,

vagueando no sonho do desejo.

 

Sumida no abandono,

é a ternura que sorri,

sou mais eu,

uma alma vadia.

 
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