A alvorada
Deram-me flores que não casaram
Muito menos cinzas abertas
Pétalas barrocas salvas,
Erramos os trilhos da jovem índia
Caímos nas cinzas derretidas
Feito nata em berços
Escritos com versos no cataclismo incólume
Na estrofe anterior
Em milênios perdidos apedrejados
Quase amedrontados.
Na viagem
Automóveis triciclos nave
E lâminas de espadas matrimônio da pedra
Perdida da cor
Com gosto de solidão
Desligada no aparato incorreto da sonda
Espreita da voz.
Vossas sombras concretas nos fios em fotos mudas;
Madres em orfanatos namoro do céu
Filme de pé
Rolo da pesca seca
Peixe apodrecido
Na folga doce de sexo em forma
Esquecer a nata da geração
O beijo que mata
Aquele teatro de urina masturbação das estrelas
Anjos de alfinetes no canto de pássaros em rimas.
Berros de vacas bezerros surdos
Mundos catarrões
Falas altas em madrugadas impedidas por deus pelado
Na multidão atenta.
Foram os pintos que pularam sem sorte das asas
Foram as malas e todas as vizinhas sem gosto.
Tiramos o leite de todas as tetas daqueles universos mansos,
Eram versos e campos que apreciaram nosso canto de grilo
Machucamos os animais que não tinham culpa
Cabeças presas às preces e sermões invadidos.
Apenas tentamos uma busca magra da aparência quase pura,
Era impura?
Ouh!
Descanse em paz no meu peito que sabia se só seu,
Meu
Amamos justamente o que ainda não somos
Por que
Veio berro triste que nos tira da vida perto
Apartamo-nos dos mugidos e gritamos que fomos a muito
Salvamos os espíritos nas lajes
Quebramos visões das estrelas alcançáveis do toque
E do dedo acrescido
Como cristas dos navios longes do mar da eternidade
Perguntamos aos dedos que sabem músicas
Aos narizes em sepultura na volta da dor plangente
Impediram com mágoa os cabelos e as bocas secas do não estar
Para contorcer nas múmias sofridas do embálsamo.
Viram todos os ossos que nasceram nos ninhos altos
A mãe voou longe da cria
Por volta das
Mais foices afiadas,
Nunca desistimos!
Cobrar as notas do membro do silêncio secreto.
Sonos mantas travesseiros na descarga sem som do acento
Epiderme fria calma paralela comum do não conhecido.
Tentamos a caverna do velho índio escondido esculpido em molduras
Manifestadas sem pais nem sêmen de cópula
Do ouro visto sem valor.
Todos os minutos foram tempos que não sabemos contar
Nos sentimentos claros de quem escapole
Por ser onda lavada levada por pés que andam sem saber o que é passo
Passei o alumínio na língua após xingamento dos padres
Escondido das madres pecadoras
Nas bebidas hóstias.
Buscavam elas pontas finas setas engolidas.
Esqueces as linguagens quebradas pedras de vidro
Estúpidas com imagens loucas pela fuga da guerra insistente
O maior riso alcança as reais janelas sabedorias inúteis
De todas as almas dos corredores invisíveis madeirais
Umbrais do encosto bobo do palhaço risonho nos gritos do pecado.
Buscamos nos verões as pérolas fora do sol e da lua que amamenta.
Não somos dor
O fim é uma criança que nasce e sente vontade de leite
Vós ovulastes
Buscamos os tetos difíceis; na cama o deleite dum assovio
Gesso dentro da carne esconderijo do osso branco fantasma da musa
Em fêmeas construídas que não parem
No inverno de anos passados juntamos as lenhas das matas desistidas.
Vós endurecestes a sós.
Aquecemos nossos espíritos
Nos fogos mãos em chamas em belas escritas
Esquecidas do queimar inocente apertado do útero
Estamos proibidos de assustar blasfêmia compreendida.
Buscamos outra cultura do desgraçado monge do submisso
Amamento
Árvores eram caixões acima das nossas medidas
No sepulcro que nos desperta
Em primeiras alvoradas eréteis nenês falsos
Que veem pais e mães nas camas orgasmos.
Quando escalamos na pele da noite
Ansiamos as descobertas prostituídas nas minissaias fingidas de gemidos.
Ao longe nos vemos nas costas da fuga
Pântanos firmes largáveis
Foram segundos dias e noites trevas do interno
Vontade
A Terra treme cansa ferida no fêmur ofendido
Esquivamos na astúcia susto oriente de ópio navegante.
Caravelas vieram mais uma vez,
Mais uma vez vieram tapetes estendidos marés bonitas
Sem cálculo do impressivo,
Sem joelhos esfolados nos ásperos pedidos tornar-se bem
De vez em quando somos iguais que batalham o disfarce da diferença,
Nenhuma paz é possível se na houver a arma da saudade.
Nem o ruim é verdadeira armadilha esteira minuta ofusca
Os velhos morrem e veem no fim o salvo aconchego dum berço virado das pedras que falam o descontínuo brilhante cego forte de voltar sem memória à vida;
Foram os escravos que amarraram os braços da culpa
Em chibatadas tristonhas do acabar.
Beatas perderam quartos sem faces suplicantes de aparências de massa avolumada
Esfomeados inocentes últimas doses; doçura dormida da treva uma ou duas horas
da parida manhã de reza em todas as sobras;
Acabada janta prato de porcelana imutavelmente vazio fundo visível.
O texto da força sabemos no fundo do choro do sentido tímido
Houve átomos e moléculas que não explicaram o tipo nino
Fora do gosto de quem fecha os olhos esquecidos da visão.
Convocamos todos os sábios não nascidos na festa
Com cérebros amputados ausentes de nome,
Mortos pela sexta-feira
Vivos pelo suplício não preciso cano
Virado duto em soldas atributos
Esperma infecundo em lemes incompletos fel feios
Não belos estranhos
Aqui! Pedes o fungo secular da atmosfera perturbada
Livres de filhos vestidos em bebês.
O senhor que vigiava a alvorada lacrimava no tudo da vez