Antes, antes, antes...
Autor: Oseias Faustino... on Thursday, 10 September 2015
Antes de qualquer ser, qualquer alma,
qualquer consciência, cérebro ou mente,
sentir ou pensar sobre o antes!
Antes... Antes de mim... Antes de você...
Antes dos seres! Antes da primeira
respiração!
Antes da Terra! Antes da primeira batida de
coração...
Antes do Sol e da Lua!
Antes do primeiro
dia?
Antes do Céu, das estrelas, do Cosmo,
do Tempo!
Antes do todo do tudo existir...
Antes da primeira fêmea parir!
Antes de qualquer guerra, crime e sofrer...
Antes da morte, de qualquer morte,
acontecer...
Antes da primeira gota de lágrima!
Antes da primeira gota de sangue!
Antes da primeira gota de suor!
Antes do primeiro suicídio!
Antes do primeiro estupro de um inocente!
Antes do primeiro golpe de morte!
Antes das luz, da chama, do fogo, da trama
da teia da aranha que trama...
Da pulsação no pênis ereto!
Antes da primeira menstruação!
Antes, antes, antes...
Há algo? Há alguém?
Absolutamente antes?
Bilhões de mentes pensam e bilhões de
vozes pregam sobre ELE...
Bilhões de livros impressos...
Milênios de fé!
O princípio de Tudo!
A causa primeira! A causa não causada?
Muitos nomes, muitas palavras em várias
línguas para conceituar: Deus, SENHOR,
criador, todo poderoso...
Senhor dos exércitos...
O Sacrossanto Tetragrama...
Aquele que temos que nos submeter...
Tudo pode, tudo sabe, tudo pensa, tudo...
Então ELE, o onisciente e onipotente, sendo
o princípio de tudo, do todo, do tempo, dos
seres, do espaço...
Ao saber este todo poderoso SER sobre
tudo, como, como pôde permitir que o tudo
ocorresse como ocorreu?
No desenrolar do pergaminho do Tempo -
ELE mesmo criou o rolo e o desenrolou?
Ou, desenrolaria-se este único rolo sem o
seu consentir?
No caminhar de tudo que conhecemos, no
transformar contínuo do real...
Todo o mau, todo o mal, toda a guerra e o
desespero, cada micro momento de tristeza
em cada tempo angustiante...
Todas as dores humanas e não humanas!
ELE é o princípio!
O princípio do Universo misterioso que
contemplamos!
Cada morte no horizonte do tempo!
Cada sentimento de pesar!
Deus fale! Deus existindo mantem o silêncio?
Silêncio terrível que é como um crime de não
revelação...
Revela-te ó princípio único transcendente!
Revela-te pois já sabemos que tudo estava
na tua mente antes de tudo acontecer!
Revela-te pois sabemos que não houve
primeiro, segundo ou terceiro dia se só no
quarto dia os luminares foram criados...
Ó DEUS!
Revela-te pois não basta culpar nossos
primeiros pais...
Ó DEUS!
Revela-te verdadeiramente pois há milhares
de correntes e igrejas em pregações
ilógicas e
milagres que não acontecem...
Ó DEUS!
Revela-te e mostra-te!
Revela-te e mostra-te!
Pois as mortes continuam...
Ó DEUS!
Revela-te e mostra-te!
Revela-te e mostra-te!
Pois o sofrer continua...
Ó DEUS!
Revela-te e mostra-te!
Revela-te e mostra-te!
Pois as doenças continuam...
A guerra continua...
Ó DEUS REVELA-
TE INDISCUTIVELMENTE!
REVELA-TE DE TAL FORMA QUE TODOS
SEJAM ALCANÇADOS...
O mau, o mal, continua e Tu já sabias,
Ó DEUS, que ele, o mau ou o mal, a morte,
e o sofrimento, antes de existirem, Tu sabias,
e mesmo já sabendo, em tempos
incontáveis, Tu em conivência ou
permanência, permitistes...
Tantas explicação de tantas correntes
religiosas, advogadas, Te defendem,
argumentam seus doutores
influentes, vociferam as verdades
dogmáticas, vestidos com roupas compridas
bordadas ou ternos caríssimos...
Gritam para todos os ventos como o
SENHOR é!
Gritas seus mandamentos!
Gritam seus juízos e desígnios!
Gritam sobre a condenação eterna!
Como pode condenar ao eterno sofrer
alguém que viveu vinte anos, dezoito anos
neste mundo passageiro e natural, neste
mundo de ferrugem e excrementos com
vermes?
Assim é o real: uma vida de incertezas e
verificações pesadas!
Assim vivemos, enxergando nitidamente o
sofrimento do próximo e o nosso!
A morte do próximo devorado pela doença
terrível!
E Tu ó Deus?
Até quando vai o teu silêncio?
Género:
Comentários
Frederico De Castro
6ª, 11/09/2015 - 20:49
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Antes de tudo...o meu aplauso
Antes de tudo...o meu aplauso
Abraço
FC
Oseias Faustino...
Sáb, 12/09/2015 - 18:20
Permalink
Muitíssimo obrigado!
Muitíssimo obrigado!
Muitíssimo obrigado Sr. Frederico de Castro. São pensamentos e palavras sinceras, somando-se, o buscar incessante e o questionar peculiar ao HUMANO...