ANTES DE MIM, DEPOIS DE TI

Jamais negar-te-ia mesmo que um frugal afago
Se, à visão do teu sorriso,
O que fora tua mera expectativa
Sacramentou-se em definitiva sentença.
 
Como negar-te um sutil carinho
Se os meus olhos, mesmo sem direito
Embevecidos pelo teu pleito
Liminarmente já te amaram.
 
Como esconder o que não se mensura
Não tem medida ou padrão
Não tem sombra tampouco cura.
 
Como negar-te o meu colo
Se foste meu portentoso começo 
Meu calor, minhas vestes, meu verdadeiro endereço.
 
 
 
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