Ao por do sol

Quando a tardinha, o sol cai no poente
E tudo em volta ao cais é poesia
A praia, o vento, o cheiro à maresia
O anoitecer se faz bem lentamente

Todo infinito em mim é só saudade
Me envolvendo em um bordado véu
Te busco em uma estrela lá no céu
Como se fosses minha eternidade

A noite, a bruma embaça o pensamento
A luz mortiça do luar por um momento
Me traz teu vulto assim num breve olhar

Nesse silêncio cheio de segredos
O tempo escoa entre os vãos dos dedos
E a tua sombra se desfaz no ar...

Veronica Almeida

 

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