Aos farejadores sem nariz
Autor: Milton filho on Saturday, 16 February 2013
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Aos farejadores sem nariz
Pode um cão farejar seu próprio caminho? Talvez.
Mas e o louco?
Pode diagnostiar a própria miséria intelectual?
Nietzsche, desenhou sua genialidade, sua loucura,
Sem pudor...
Saber-se na outra extremidade,
A milhas e milhas de distância,
E ainda assim viver entre os iguais,
É um tipo de tortura contínua
Que pouquíssimos conseguem suportar.
Em seu maior momento de lucidez,
Ele abraçou um cavalo
Que sofria o espancamento cruel.
Mas foi neste exato momento
Que diagnosticaram sua insensatez.
É que não suportamos o amor!
MF.03.10.12
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Comentários
Ex-Ricardo
Sáb, 16/02/2013 - 16:11
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Nietzsche:)
Gostei da abordagem do texto. Ainda para mais inclui o meu filósofo preferido.
A cena de Nietzsche no arrebate definitivo quando se intrepõe entre o chicote e o cavalo é das mais apaixonantes na vida do autor.
Parabéns!
Milton filho
Sáb, 16/02/2013 - 16:24
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Sim, Ricardo, esta imagem é
Sim, Ricardo, esta imagem é sempre lembrada quando pego um livro desse filósofo, Uma belíssima e pungente passagem. Obrigado pela presença e comentário ao meu poema. Abs...luz e paz!...MF.