Aos poucos

É aos poucos… de leve

sorrateiramente, que eu te beijo

sinto com os meus lábios

a tua sedosa pele… suave, etérea

tua mansidão envolve-me, atiça

inflama compulsivamente

A voz sedutora convence-me

assanha-me com sussurros

com pedidos vorazes

Gemidos e gritos a flor da pele

num êxtase de plenitude e paz

É aos poucos… que beijo

que lambo, saboreio o mel

o néctar que aflora fugaz

loucos devaneios… insana fêmea

mulher, deusa e musa etérea

inspiração das minhas rimas!

(DiCello, 03/02/2016)

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