Balada XXV

balada XXV

[para o Afonso]

 

todos os oceanos de gelo

todos os desertos sem nome

todas as serras feridas

todos os vales em abismo

 

todas as ruas que cruzo

e todas as outras que nunca percorrerei

todas as faces que toco

e todas as outras que me fogem ao olhar

 

todos os sonhos alimentados

todos os medos bem guardados

as chaves esquecidas no fundo de mim

 

todo o azul do Olimpo

todo o vermelho do ventre

todo o negro que se estende

toda a cegueira alva em sussurro

 

olho a vida

é tão grande a aldeia

vasto se torna o mundo

na promessa de infinito

 

e todo o universo lá fora

e o meu bem cá dentro

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Comentários

dificil de sintonizar as janelas do olhar
com as janelas do sentimento:
"Só Deus p'ra criar a vida num uni(co)verso"

Desde as Caldas, Saudações de Boas Vindas!

_Abilio Henriques

Obrigada pela mensagem de boas-vindas!

 

Nem Deus o conseguiria...

 

Abraço

Concordo com o Amigo Henricábilio,dificl alcançar tal harmonia.

Mas tentar é o que vale.

Apreciei deveras teu dom poético.

 

Boa quarta-feira Laura,meus cumprimentos