Como se as palavras nunca mais pudessem ser as mesmas
Autor: Gisele Teixeira1 on Saturday, 22 March 2014
o silêncio fala quando o corpo não precisa falar nada,
em mãos de correr entre peles e restos de amor fundidos em clamor.
ao som do amanhecer tudo lustre nestes cantos de casa,
onde soam contos de fada, com apenas duas mãos
e uma almofada e a pele nua, desenhada no espelho.
fervilho arrepios, amor sem ter frio,
descubro laços que me amarram ao teu espaço
de um sonho de mim, que vive em ti.
tu és revigorante em dias chuvosos, és meu abrigo
mandas sóis e desvaneces os meus passados
descasco a minha pele, arranho paredes, pinto o teu nome
pois és tudo que ainda resta em mim e que
sabe a fantasia em tempos de inverno.
comando o meu espaço com a tua palavra
e amo-te, como se as palavras nunca mais pudessem ser as mesmas.
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