Como se as palavras nunca mais pudessem ser as mesmas

o silêncio fala quando o corpo não precisa falar nada,

em mãos de correr entre peles e restos de amor fundidos em clamor.

ao som do amanhecer tudo lustre nestes cantos de casa,

onde soam contos de fada, com apenas duas mãos

e uma almofada e a pele nua, desenhada no espelho.

fervilho arrepios, amor sem ter frio,

descubro laços que me amarram ao teu espaço

de um sonho de mim, que vive em ti.

 

tu és revigorante em dias chuvosos, és meu abrigo

mandas sóis e desvaneces os meus passados

descasco a minha pele, arranho paredes, pinto o teu nome

pois és tudo que ainda resta em mim e que

sabe a fantasia em tempos de inverno.

comando o meu espaço com a tua palavra

e amo-te, como se as palavras nunca mais pudessem ser as mesmas.

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