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Dedico a Judite Sibia

Quando penso em ti meu peito canta de amor

Não que queira roubar os deuses a tua gloria

Que rabisca o teu gingar sobre os lençóis de areia

Ao lacrimejo da tua mocidade bem adormecida

 Não que eu queira te impressionar com as estrelas

Que os teus olhos pingam em meu peito com ternura

 Feito um cristal de desejos proibidos ou impossíveis

Pela forma carinhosa e irónica que o destino nos separa

Quando penso nas lágrimas que formas o rio de angustia

E se aprisione ao meu amor já vagabundo sofro calado

Porque és a minha mais nobre inspiração quando escrevo

Ou quando pinto lembranças das noites de luares na praia

Tu bailando como a deusa afrodisíaca da modernidade

Que me querem lembranças de ti minha musa Judite Sibia

Espelho do meu pensamento romanesco de aguarelas

Que as noites nunca há de arrancar nem com saudade.

Sanjo Muchanga