Desapego

O tempo mora na alma

de quem aborda a vida

na sua forma calma,

na sua essência contida.

 

O desejo rouba ao tempo

a dança oculta do querer.

As convicções são contratempo,

espectros que se negam ver.

 

Dispersam-se na alma os receios

de quem agora na vida

dispensa os ambíguos rodeios.

 

Talvez seja apenas o desapego

de uma conformidade perdida,

de um desdenhar do sossego.

 

 
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Comentários

Este site floreceu! Cada  uma rosa, mais linda. O perfume do cravo, do jasmime das rosas, saem de cada letra destes poemas maravilhosos.

Parabéns!

Abraços!

Obrigada Madalena. Um abraço :-)