Farelos (10)
Autor: William Nickerson on Thursday, 28 July 2016
Os batuques ecoam em toda a escrivaninha.
O sapo de borracha maleável olha para minha direção.
Atento, em pose sob os farelos.
O examino com desprezo. Como fui criar uma
coisa tão feia? Pude eu?
Cuspo nos jornais do chão. Resmungo um palavrão.
Ranjo os dentes, na espera.
O sapo deixa escapar um barulho nojento,
Mas na verdade, lá fora, era o vento.
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