GÉLSON MARQUES RODRIGUES

Filho de mecenas, pária sapiente
Teus olhos são estrelas luminosas
Que no céu tristonho se vão saudosas!
E deixa-nos um negrume plangente.

Tu deixaste em mim, poeta, um rumor
Do grande ermo um acalanto fagueiro,
A lembrança de quem se fez guerreiro
Oprimido por tanto dissabor.

Em cismar vejo entre as trevas do véu
Da senhora que te ofertou a glória,
Teus sonhos humildes de poviléu.

Acabou-se tua mágoa irrisória...
Enfim amigo, tu cantas no céu
E divaga augusto na minha memória.

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