Inconstantemente constante. Devaneio.

Tudo em mim é inquietude. Passo por tempestades.

Quando enfim a calmaria me alcança. Doce engano. É como um suspiro.
Um descanso.
Meu coração pára e dispara. E nessa marcha vai seguindo.
Chego a conclusão que parte daqui. Que nada externo é o motivo.
Crio meus fantasmas. Crio minhas alegrias.
Pessoas, lugares, amores. Meros enfeites. Alegorias.
Não! Não é assim que funciona. Mais uma vez a dramaticidade toma conta de mim.
A verdade é que de nada entendo. 
Minhas horas cheias de promessas, nunca se cumprem, e ainda assim sem fim.
É muito íntimo. Tanto que não sei como chegar lá.
Minha inspiração vem em baforadas. E não sei aonde esta.
É confuso. É complexo. De perto chega a ser covarde, patético.
Mas é verdade. É intenso. É bem mais do que um espelho.
Gente forte. Gente fraca. Gente burra. Inteligente.
Da onde tiramos essas embalagens, o que nos define por completo?
Então por um segundo senti a definição. Epifania.
A existência é uma obra inacabada, sem espaço pra conclusão.
Assim como meus planos nunca tem fim. 
Nada esta pleno, ainda existe tudo por vir.
Tudo diferente. As vezes semelhantes.
As vezes é fluído. As vezes inconstante.
O jeito é seguir. Sentir tudo na pele.
Entender o que esta aqui e esperar que algo bom nos leve.
Mas como sou eu fazendo o que desejo. E neste momento posso decidir. 
Tenho um texto em minhas mãos. Na cabeça uma breve conclusão.
Viver é o conselho mais antigo. E por fim, neste enfim faz algum sentido.
Dou graças a Deus por me ceder este dom. Pois escrevendo enxergo o lado bom.
Saiu da distração. Me concentro e consigo sentir o que tenho e não é em vão.
Então me permito por um fim. É um ciclo que se vai.
Até a próxima dúvida surgir. E eu me trancar em poesia por não ter pra onde ir.
E não existem reclamações. 
Pois pra mim poesia é liberdade não é prisão.
Género: 

Comentários

belo poema, a gente se sente dentro dele e não consegue sair.

Muito obrigada Eden. 

Poema lindíssimo, Nane!

Me senti parte dele...

 

Bjos!

;)