Luz de Lisboa
Não tenho tantas qualidades quanto queria,
Ainda não sou o que sonhei.
Como é que eu irei conseguir ter sucesso?
A poesia não é rentável na indústria literária, até vocês admitem.
Como posso eu ignorar o facto de não haver paciência para poetas?
Se fosse só paciência era bastante bom, mas aliado a isso vem a falta de tempo, pior ainda, a falta de interesse!
Ah! Essa falta de interesse aniquila-me a esperança!...
É perigoso ser poeta, as ameaças são várias, de todas as formas, e constantes.
Entre tantas existe uma terrível, a comparação.
O que é um poeta ao lado de uma celebridade?
Poderão estas duas palavras coexistir!?
Conseguirei ser Pessoa, e Ronaldo?
Atingirei a fama, as mulheres, os milhões!?
Morrerei no anonimato, sozinho, pobre!?
Como dizia Leminski-'' Não discuto com o destino, o que pintar eu assino.''-
Seja qual for o meu Fado, irei cantá-lo até as pedras da calçada chorarem de saudade.
Talvez um dia a minha poesia seja como a luz de Lisboa.
Comentários
Raquel Vestia R...
5ª, 05/11/2015 - 22:19
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Duarte,
Duarte,
Não deixes de sonhar!
Não deixes de ser Tu!
A poesia é isso mesmo.. *
Frederico De Castro
Sáb, 07/11/2015 - 14:58
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Lindo poema
Lindo poema
e se o poeta sofre...sei
todos sofremos também.
Não seremos Ronaldos ou Pessoas
mas quiçá deixando aos outros a luz brilhando no mundo !!
Abraço
FC