MANTO SOMBRIO !

         MANTO SOMBRIO!

Que manto roxo anda a tapar meu sol ?!

Não o deixa afagar-me docemente...

Cruel maldade, esconder meu farol,

Prender a claridade, ousadamente !

 

Este xaile preto, que a luz afasta

E põe negrume às noites estreladas !

Empalidece-a...tortura ...e mata...

Leva as estrelas... põe-nas recolhidas !

 

Cada vez que me encobrem, esses mantos,

Sou sufocada, envolvida em poeira...

Vêm sombras...conduzem-me à cegueira !...

 

Num outro lugar, não haverá prantos...

Alguém se aquecerá ao sol luzente.

Hão-de amar, rindo, sob luar fulgente !

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