Minuto

Minuto, após instante,
o depois, o agora, o antes,
perdem-se na insignificância de um sentir,
o ficar, o ir, o partir, dormência ausência,
sonho fusão, onde tudo se perde e acha,
numa ilusão.
Num voo perdido, o rasgo das asas,
temor em escuridão, onde o dia se acorrenta,
em cego grilhão.
Coração que bate, em cristais de gelo,
pautando o desnudo, dum eterno selo.
Renasço para morrer,
e suavemente pauto o silêncio,
num vislumbre de um novo ser.
Noz que quebra, que respira,
que pressente a semente,
da raiz do azul, em ramo terra,
do abalar e não voltar,
de um ir, e nunca vir.
O após, será o agora, e o antes,
um nada, de um vazio cheio,
de uma verdade em mundo omitida,
em mim vida, liberdade sentida.

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