Não sei de mim...

 

Não sei por onde ando,
hoje não sou dona de mim,
pertenço à imensidão das horas,
que me corroem sem fim…

Soltei o grito calado,
que sufoca a solidão,
e nas asas do vento,
deixei ir o coração…

Sinto a brisa tocar-me,
embalar o meu lamento,
no bailado das ondas do mar,
afoguei o pensamento…

Deixai-me ir sem destino,
porque me quero de mim perder,
por vezes prender-me em mim,
é mais cruel que morrer…

Ártemis

 

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