Nos prados celestiais

Nos prados celestiais vadiam azuis infinitos e quase sufocados
Na mezzanine do tempo empoleiram-se sonhos tão extasiados
Consubstanciam o tempo dissertando em tantos segundos camuflados
 
Nos prados celestiais os poentes rugem na calada de um eco deslumbrado
São o mais breve e felino atalho onde se escoram os desejos tão empolgados
A profusa claridade deslizando no horizonte dos sussurros quase mumificados
 
Nos prados celestiais o dia asperge ilusões pelas palavras ressuscitadas
Eclodirá entre migalhas nostálgicas de uma efémera solidão recém-chegada
Planará entre brisas surfando um tsunami de ondas tão bem ornamentadas
 
FC
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