O Azar
Autor: Baudelaire on Tuesday, 20 November 2012
Com peso tal, não me ajeito;
Dá-me, Sísifo, vigor!
Embora eu tenha valor,
A Arte é larga e o Tempo Estreito.
Longe dos mortos lembrados,
A um obscuro cemitério,
Minh'alma , tambor funereo,
Vai rufar trechos magoados.
— Há muitas jóias ocultas
Na terra fria, sepulturas
Onde não chega o alvião;
Muita flor exala a medo
Seus perfumes no degredo
Da profunda solidão
LIVRO: As Flores do Mal
FONTE: http://pt.wikisource.org/wiki/As_Flores_do_Mal
TRADUÇÃO: Delfim Guimarães
Género: