O BEIJA FLOR

Sou como um beija-flor, 

Cativado em um jardim em busca de sustento,

De flor em flor,

Recolho o meu alimento.

A cada manhã com alegria vou saudar,

A flor-menina, que o orvalho a fez desabrochar.

De repente, sinto algo estranho acontecer; 

As flores estao sumindo e os ventos aumentando...

Em instantes vejo o meu jardim desparecer. 

Entao obrigo-me a dar asas ao vento e voar, 

Mas porém eu prometo: 

Pássaro errante eu hei de ser! 

E por mais jardins que eu veja,

Jamais irei pousar,

Voarei onde o vento me levar.

Mas se o destino permitir, 

E os vento me perguntarem onde desejo ser levado, 

Eu pediria que fosse ao meu jardim querido, 

Na esperança de novamente ve-lo florido. 

E se entao florido estivesse, 

Minha promessa quebraria, 

E sem medo de errar, 

Denovo pousaria. 

Mas se o destino nao me permitisse tal alegria, 

De tristeza, com certeza morreria.

E se alguém ao passar perguntando-se por que? 

O porque de tamanha tristeza onde fora um dia um jardim,

Sem respostas, com certeza construirá ali um  jardim novo,

Sem que jamais sáiba que o está construindo sob os restois de mim.

 

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nos pequenos nadas do dia a dia,

a verdadeira grandeza das almas poéticas.

 

Saudações ao colega Recantista!

 

_Abílio

Obrigado amigo!