O despertar do verbo Amar
O despertar do verbo Amar
Persigo em mim, o despertar do verbo amar
em poema que desfaz duas paredes,
para construir uma fonte.
Em mim, despe-me e demora uma eternidade,
desenha-me defronte,
descobre-me a menina e faz-me mulher
prometendo amar o que só pode viver para sempre.
Fecho os olhos para ver a demora e
o regresso do tempo desperta a nostalgia
do silêncio afirmativo,
acredito no leito vazio que naufraga
enquanto não chegas.
O desejo arde por dentro do texto,
Onde murmuras os verbos Vir, Entrar e Ficar.
Meu corpo ondulante como o mar, e tu dentro,
esta é a aflição dos amantes que naufragam abraçados,
e tu mais dentro.
Perco o sentido,
o caminho,
viajo sem mapa , na tua pele,
caio na falésia do teu despertar ,
vivo como se amanhã todo o texto
fosse a boca do fogo que arde em mim de ti.
Gila Moreira 03/02/2014