O Morto prazenteiro
Autor: Baudelaire on Thursday, 3 January 2013
Onde haja caracoes, n'um fecundo torrão,
Uma grandiosa cova eu mesmo quero abrir,
Onde repouse em paz, onde possa dormir,
Como dorme no oceano o livre tubarão.
Detesto os mausoleus, odeios os monumentos,
E, a ter de suplicar as lágrimas do mundo,
Prefiro oferecer o meu carcaz imundo,
Qual precioso manjar, aos corvos agoirentos.
Verme, larva brutal, tenebroso mineiro,
Vae entregar-se a vós um morto prazenteiro,
Que livremente busca a treva, a podridão!
Sem piedade, minae a minha carne impura,
E dizei-me depois se existe uma tortura
Que não tenha sofrido este meu coração!
LIVRO: As Flores do Mal
FONTE: http://pt.wikisource.org/wiki/As_Flores_do_Mal
TRADUÇÃO: Delfim Guimarães
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Rhodys de Rodri...
Dom, 24/03/2013 - 01:00
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Sulfuroso coração...
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