O silêncio que tudo diz

O silêncio sempre foi uma lei
Era uma espécie de verruga
Onde cada cutucada, uma praga
Gritava sob as entranhas d’alma
Passaram décadas e milênios
As necroses foram aumentando

‘’Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo.’’

O sol me congela em sua fervorosa
Resplandecência

Tornei-me uma aberração
Onde cada voz que nego
Mais um silêncio esconde
A verdade lamentosa

‘’Enquanto não confessei o meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro.’’
 

 

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