O tédio do silêncio

Secret Garden - Appassionata

Os olhos olhando-te
 
repousam serenos
 
na consolada alma que
 
me tinge os poros de coloridos
 
cantos perfumados com tua graça
 
esbelta,desafogada
 
em que revivo cada instante perene
 
que corre em tua peugada
 
 
– O mar esmaga-me nas ondas
 
continuas que flamejam de emoção
 
A vida em fuga
 
tornou-se um tédio
 
em silêncios subjugados
 
O sonho
 
a concepção eterna, genuína
 
que germina,puríssima
 
almejando toda aquela
 
alegria que viceja impassível
 
às portas desta Via-Láctea
 
formosa e tão empolgada
 
pela luz suave
 
que nos alberga a vida
 
a cada polegada de tempo
 
que fecundamos palpitantes
 
procurando perspícuos
 
esta quimeoterapia onde convalescemos
 
depois tão estonteantes
 
 
– As saudades, essas
 
vão morrendo assim
 
cada uma a seu tempo
 
esboroando nos ventos o mesmo
 
frescor de vida deliberada
 
entre nossos céus barricados
 
na esperança que morre lenta
 
inesperadamente assim sugada
 
 
– Irei depois retratar-te
 
alagada em lágrimas
 
que me ofertas-te
 
num cálice dissimulado de ternura
 
até romper nossa aurora
 
levedando feliz
 
e com estas palavras de amor
 
que se perfilam no leito desta poesia
 
onde nada mais sobeja
 
que não o tédio neste silêncio
 
habilmente escondido, sossegado
 
num punhado de ecos consumindo-nos
 
heróicos,
 
latindo, carentes, inexistentes
 
num tempo que foge pasmo
 
enfermo e sem qualquer prognóstico
 
FC
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Comentários

numa ondulação contemplativa

emoções se libertam -

uns silêncios condicionam,

outros nos libertam.

 

1 abraç0o!

 

_Abílio

Um silencio ruidoso! Um ruido silencioso!

Gostei! Sentido e expressivo

 

Um abraço

 

Excelente poema! Parabéns!