O tédio do silêncio
Autor: Frederico De Castro on Friday, 19 June 2015
Os olhos olhando-te
repousam serenos
na consolada alma que
me tinge os poros de coloridos
cantos perfumados com tua graça
esbelta,desafogada
em que revivo cada instante perene
que corre em tua peugada
– O mar esmaga-me nas ondas
continuas que flamejam de emoção
A vida em fuga
tornou-se um tédio
em silêncios subjugados
O sonho
a concepção eterna, genuína
que germina,puríssima
almejando toda aquela
alegria que viceja impassível
às portas desta Via-Láctea
formosa e tão empolgada
pela luz suave
que nos alberga a vida
a cada polegada de tempo
que fecundamos palpitantes
procurando perspícuos
esta quimeoterapia onde convalescemos
depois tão estonteantes
– As saudades, essas
vão morrendo assim
cada uma a seu tempo
esboroando nos ventos o mesmo
frescor de vida deliberada
entre nossos céus barricados
na esperança que morre lenta
inesperadamente assim sugada
– Irei depois retratar-te
alagada em lágrimas
que me ofertas-te
num cálice dissimulado de ternura
até romper nossa aurora
levedando feliz
e com estas palavras de amor
que se perfilam no leito desta poesia
onde nada mais sobeja
que não o tédio neste silêncio
habilmente escondido, sossegado
num punhado de ecos consumindo-nos
heróicos,
latindo, carentes, inexistentes
num tempo que foge pasmo
enfermo e sem qualquer prognóstico
FC
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Comentários
Henricabilio
Dom, 21/06/2015 - 11:51
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numa ondulação contemplativa
numa ondulação contemplativa
emoções se libertam -
uns silêncios condicionam,
outros nos libertam.
1 abraç0o!
_Abílio
josé João Murti...
2ª, 22/06/2015 - 17:19
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Gostei
Um silencio ruidoso! Um ruido silencioso!
Gostei! Sentido e expressivo
Um abraço
Rodrigo Dias
6ª, 26/06/2015 - 18:05
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Parabéns
Excelente poema! Parabéns!