Oriente

 
 
 
                              Quando o Sol se põe no Oriente

quando o Sol se põe no Oriente
os mortos levantam-se como se vivos fossem
mitigam a fome com o ar que inspiram… mas não expiram,
nem transpiram ou respiram
mas no fedor que exalam explicam que estar morto dói
e a dor é eterna como a morte
assim, e porque só
os não nascidos aplaudem a morte dos genitores:
vudu, carnival, cuba, sentaria…ou os que morreram…
buda, cristo e maomé… os ressuscitados…
odin, zeus e jeová… os que nunca morreram…
e sobremortem os condenados que caminham sob o patamar etéreo
o infinito é o inferno imensurável
o paradoxo caminha sempre comigo para eu não dele me lembrar
mas que todos os deuses;
unos,duos, teístas, ateístas, gnósticos, politeístas, ateus, agnósticos, semitas, deístas ou  não crentes
eu acreditava, se fosse possível acreditar, num deus ateu.
… não me façam recordar o que sempre quis esquecer
mas não me olvida o príncipe da trevas, ou o senhor do mal
nem o velho republicano, que soube acreditar ser comunista até ao fim
morreu embrulhado numa bandeira vermelha... vermelha, amarela e azul; da república espanhola. …
e agora ergue-se o neoliberal demónio apoiado pelos 4 cavaleiros do apocalipse;
na minha actual lenda antiga os quatro cavaleiros do apocalipse são:
a duvida, a mentira, a soberba e a manipulação
mas na minha antiga lenda actual lembro-me de que:
sem asas um anjo levanta voo
cem penas o fazem voar
o pecado bebe o vinho no cálice da inocência e Ícaro cai;
porque perdeu a Liberdade
não tem a opção da Igualdade
nem almeja o valor da Fraternidade
sem asas um anjo levanta voo
cem penas o fazem voar
o pecado bebe absinto pelo cálice da inocência, e…
Ícaro cai:
mas é sozinho, com Prometeu, que come o pão e bebe o vinho
não conhece o futuro dos filhos, nem o presente das suas mulheres
esqueceu-se da vida que os progenitores lhe proporcionaram
vasculha no lixo dos ricos, se eles os há…. e sempre há
café, cerveja, cigarros e putas: ... o realizam
recorda o que é, e...
lembra-se de  Pai e Mãe e satisfaz-se com a memoria dos que …
morreram com os Tios, Padrinhos, Madrinhas e Avós
e assim Ícaro poupa-se à vergonha de viver com eles
prostitutas e sangue o satisfazem
depois álcool e haxixe o ajudam a esquecer... mas...
Harmonia e Tolerância o fazem recordar
lembra-se do que se esqueceu
mas apaga-se-lhe a memória no momento
mas de novo enganado me ergo perante o Ocidente, para o Sol que nasce,
quando cai na penumbra
perante o futuro que se me esquecer, e deixar ser, nunca mais quero ser  recordado
mas, lembro-me bem de mim
e ao Havana-Club que está meio bebido e ao Cohiba metade fumado…
mas muito mais tabaco e rum caraibinhenho me prometeram
e eu por eles espero, e por eles desespero
desespero enquanto por eles espero...
entretanto...
putas húmidas e sangue seco me satisfazem
para o meu futuro esquecer e nunca mais o recordar
porque no pecado saboreio o mel maduro e as amargas verdes uvas da inocência.
uma sombra segue-me, e é minha… como a luz que transporta comigo
sento-me num dos muitos bancos de pedra que se encontram na estação
esqueço-me, levito-me e a pesada mochila não me pesa,
mas trilha o caminho que eu sigo, como se um demónio se tratasse
eu paro e belial continua… agora sou eu que a persigo…
mas ela finge que foge para me permitir aproximar
espera-me no gaveto e assassina-me,
a mim que nunca morri...
esqueço-me da morte porque morri
mas ela não se esquece de mim
nem dos anos que lhe devo...
um cigarro, um minuto; um charuto ou dois...
uma cerveja, um minuto; um vodka ou dois....
uma mulher, uma vida; duas não têm espaço para eu caber
a barcaça de Caronte não têm lugares vagos para transportar, senão forem pagos
a água do mar percorre o rio, mas ao contrário,
de jusante para montante,
e é salgada a água que sobe o rio
até ao fim daquilo que lhe é permitido
permito-me pensar em sexo com uma mulher que nunca vi,
por isso são-me acrescentados créditos.
nunca os vou usufruir mas alegra-me saber que os possuo...
a mulher que nunca vi, tem idade para ser mãe,
de um rebento recém-nascido.
ou avô, ou bisavô,
as gerações passam por mim sem eu as identificar ou imaginar....
mas lembro-me de ti.
não temos filhos comuns... mas vamos ter netos juntos
para poupar, morremos juntos e um só caixão chega... para ser incinerado.
as mortes em dias, ou noites, diferentes são difíceis de se encontrar...
os corpos, os espíritos e as almas...
todos juntos não valem a vida daquele que vai agora nascer...
não é deus, nem a filha dele...
é aquele que necessita de ser alimentado com leite, como todos nós precisamos em tempos remotos
... e não com sangue e ferro como o segundo irmão...
aquele que esperas mas não encontras,
não no livro sagrado, mas naqueles que o buscam
... o objeto, ou, aquela pedra-samantha, que conhece os segredos,
que são desconhecidos...
porque eu ainda não os descobri... ainda...
os que procuraram morreram todos calcinados por opção, ou para me proteger das intempéries...
do tempo e do espaço, da matéria ou não
o artefacto desaparece se eu morrer...
depois ninguém o encontra, nem sabe que existe para o procurar.
a não ser, a fétida carcaça que me quer conhecer... e fazer desaparecer.
no tempo e no espaço,
conheci-a noutro tempo, antes de falecer
ela, não eu... mas eu também já morri
não sei se por ela ou apesar dela
depois de morta uma direção indicou e um destino prometeu
por isso, de novo, sigo o caminho que me apraz percorrer
procuro o fim que não existe, porque nem a existência é real
foi um deus politeísta que mo disse, sou um profeta para quem me lê...
dois deuses disseram-me o mesmo, e isso tornou-me um guerreiro
muitos outros o reafirmaram, e assim fui esquecido.
eu o filho dos deuses que nunca existiram,
e só esta particularidade os torna recordados até ao fim do tempo
só vivem nas mentes que os temem fingindo adorá-los
e eu sigo o meu trilho à procura do que sei não ser possível encontrar...
o destino é Luaname
a imaginação que só os mortos sonham sem nunca almejarem possuir
o inicio terminal
o ocaso do principio
o zénite que nunca aconteceu
o nadir... ...
o acaso que nunca, ou quase nunca, acontece
a morte que espera por mim até ao fim de todos os tempos
falece até eu acreditar ser possível... voltar a viver... ou de novo morrer
desaparecer no éter permite-me continuar a escrever
senão a minha mente não me permite, nem mais uma linha escrita...
o fogo branco incendeia as plantas que me cercam...
os cogumelos como não são vegetais não me aquecem, nem retiram o calor do meu corpo.
os legumes são frios se não forem aquecidos e esquecidos...
no fim é o desejo que quero que tudo acabe,
não sei porque escrevo, porque não quero que ninguém leia o que e risco duma caneta para um papel
Luaname encontra-me no fim do percurso,
adormeço com ela, toda a noite, até ao fim
mas, e é, já é tarde para acordar
já nem me lembro do que queria recordar,
os filhos que eu abandonei ao seu destino esperam por mim
as mães não se misturam, nem se encontram...
mas cruzam-se os meus filhos...
os que vivem e os que matei  não se conhecem uns aos outros...
nem entre eles se eu não quiser...
procuro, no verão, esconder-me abaixo do Equador
o satélite que nos abrange e identifica, é uma ilusão minha, antiga.
escrevo-te para leres antes do teu raciocínio te enganar
as mulheres nuas que imaginas estão vestidas... e são velhas...
procurei uma assim e ela impecavelmente
e implacavelmente,
fez-se mulher para não me esquecer... ...
mas para reconhecer o meu valor !
recuso encontrar Luaname, mas agora sei que sou eu que a mereço.
isto foi, porque o tempo não me permitiu recordar....
Luaname não, porque não imagina o que eu vivi sem ela
nem pode saber o que esqueci
nem eu porque não sei o que com ela vivi,
partilhamos uma mulher entre os dois nossos sonhos
ela era familiar mas não a conhecia...
peito grande e perna curta, Lavifá
um espaço que não acaba
enorme perna e pouco peito, Antia
um rabo que ameaça
todas as mulheres se completam se eu para isso estiver disposto...
Luaname, não me dividas.
porque por ti não quero ser partilhado
nunca, por ti quero...
mas não por mais ninguém
só me quer quem acredita merecer-me
como eu desejo almejar...
uma mulher como tu...
o amor que fiz contigo valeu por todo o tempo
eu sei que sim, até desejei morrer nesse momento,
ninguém me recordava, mas também ninguém se esquecia de mim...
os corpos vazios só se levantam para me incomodar.
e deitam-se depois de não saberem quem sou.
lembro-me duma mulher que se esqueceu de mim
e ela que tudo fez para me conhecer...
acreditei que podia ser uma una,
mas na verdade foi uma una entre várias.
e eu, de novo, misturei-me entre tantas outras que não devia conhecer...
sinto o sangue a descer pelas veias quando este devia subir...
a caneta foge-me das mãos e não me permite escrever...
as linhas que não sei preencher
mas o álcool tolda-me a mente e eu continuo
o cérebro frio é mais eficaz
e o fígado a arder fornece-lhe combustível suficiente
quando se apaga acordo
sinto os trevosX4 debaixo dos meus pés descalços
só visto umas velhas calças de ganga que deitei fora há muitos anos
chove, mas o sol queima-me a pele,
felizmente não a sinto, porque provavelmente doía
caiu-me agora o ultimo pelo que tinha no corpo,
e rapidamente esqueço-o
os trevosX4 são uma praga, e eu, neles deito-me...
para descansar quando não estava cansado.
Cagliostro oferece-me um charuto, que eu acendo
desconheço de onde surgiu um ou outro, mas não quero saber
para acompanhar o tabaco peço café quente a Perséfone,
também não sei de onde ela surgiu, mas também não quero saber
levanto-me e com eles percorro o caminho destinado
cafeina numa mão, nicotina na outra
ando muito devagar para os acompanhar
Perséfone não é nova e Cagliostro é velho
os trevos desapareceram e agora caminhamos na areia, num mundo de cimento
a água é escassa mas os ácidos abundam
há falta de um, consumimos os dois... com limão
erguem-se agora as trevas para iluminar de preto-roxo um mundo já escuro
este espaço é tão negro que cega com um raio de luz quem tem olhos
este espaço é tão vazio que esmaga quem tem sentidos
felizmente que o tempo parou há muitos dias, ou poucos minutos atrás
sei que tudo isto é verdade ao levantar-me
dos corpos caídos de Perséfone e Cagliostro...
um sob o outro e o outro sobre o primeiro
tento não os acordar da morte e afasto-me deles
penso no que perdi porque não vou mais ter,
recordo o que esqueci porque já não me lembro das memórias que tive,
ou das experiencias que vivi,
de novo concentro-me no fim do caminho
e não no caminho para o fim
como outros o fizeram,
talvez não percorressem este trilho...
e se o fizeram morreram.
espero que sós, que não tenham assassinado ninguém
passou o efeito do acido, Perséfone acorda-me outra vez
e outra vez jovem, com poucos séculos
diz-me que Cagliostro se foi embora
dá-me café quente, ovos escalfados e faz sexo comigo
toda a roupa da cama, o meu pijama e a lingerie que enverga é branco pérola
os lençóis que tapam todas as sete paredes são tão pretos como a pérola negra
vou incendiar tudo quando me for embora...
mas entretanto aprecio o sexo com Perséfone que ainda não terminou...
no fim mais café e cigarros, o ultimo uso para acender todo o linho e seda que encontro
detesto o preto e o branco e ainda mais desbotados os dois...
tudo arde, arde tudo, quando eu por fim caminho, sozinho, em direção ao meu, e todo o destino
segues-me até me abandonares, como sempre será...
não foi um momento, que já esqueci,
e tu não mo recordas, com razão para isso não o fazes
porque sabes que não receio mais do que o desconhecer o que fiz...
quando depois de me levantar da tua cama, me tento recordar...
se fiz sexo ou amor?
contigo nunca retenho lembranças, nem memórias
descanso no colo de uma mulher tão fria como se um reptil fosse.
e é... mesmo assim aquece-me,
seu corpo gelado é mais quente que o meu
o frio que quis esquecer não pára de me perturbar,
mas também não me deixa enlouquecer...
mais...
porque mais doido não posso ser
uma camisa enorme amarra-me à cama
duas mulheres, uma com duas cabeças, alimentam-me
mas a carne de porco está quase crua, e a de vaca demasiado passada...
não fosse o gin, os antieméticos, os diuréticos, os laxantes...eu não digeria carne crua
os legumes: moem-nos e secam-nos, depois dão-mos a fumar
inebriado pelo tabaco deixo que uma delas me toque o sexo
mastigo grãos de café e custo-os...
peço água a ferver para os aquecer
sexuo com duas mulheres, uma delas excecional
qual é delas não sei, mas também não quero abrir os olhos
nem elas, porque são cegas
um pássaro bate no vidro da janela, que está aberta...
a lamentar vem, para morrer no meu colo
o estupido pássaro ferido esqueceu o ninho onde nasceu
esborrachousse-se num vidro que não existe
e deita-se em mim para eu o eutanasiar
para David Hume o suicídio era uma solução válida
para mim a eutanásia é uma opção cientifica, e mais humana
se não for usada desumanamente por estados totalitários,
pela banca capitalista,
ou por companhias de seguros...
o derradeiro objetivo da vida é morrer
e que os que ficam saibam assistir
se chorarem lamentam-se a si e não derramam sucos por aquele que partiu para o Oriente Eterno
quando a água escassear ninguém: vai mais; mais vai, desperdiçar líquidos pelos que faleceram...
porque se o fizerem os mortos: despertam, levantam-se e perseguem-nos até os descarnarem
para aproveitarem o sangue da carne...
e a água do sangue...
para se purificarem...
para mitigar a dor de estar morto
estado irrevogável...
expecto no caso do ministro que como lázaros julgava estar morto e não estava
tão irrevogável como o corpo que se levantou ao terceiro dia e desapareceu,
mas este continuou, um patamar acima...
e palmilhou por cima do destino daqueles que nele acreditaram,
e nas esperanças de todos os que o, irrevogavelmente mentiroso, enganou de novo
... de novo, porque não foi a primeira, nem segunda vez.
... ...
após uma fantástica orgia, a dois, todo o meu corpo tremeu
foi Luaname que evitou o estado de pânico, subsequente enfarte e morte
mas já não está cá para me acompanhar,
porque não consigo igualar o seu ritmo
mais depressa persigo e permito-me possuir fêmeas mais novas
mais fáceis de perceber, e satisfazer
mas uma mulher, como ela, não consigo entender... muito menos realizar
... ...
Não quero pensar no futuro, porque obviamente as mulheres mais velhas são mais difíceis de satisfazer
... ou não
provavelmente nenhuma esposa merece o esforço para substituir uma jovem prostituta
senão, mais vale a solidão
ou esqueço o medo de estar sozinho ou acendo as luzes no quarto escuro e vazio
... mais vale... ... do que viver com o carrasco...
sentimentalmente fica muito mais barato alugar... do que comprar
e o que sinto fica-me caro até o poder pagar... depois não
Ulapa e Ulaci observam-me, eventualmente perseguem-me
pelo sexo que querem que eu pratique, com vontade ou não...
juntas são mais velhas do que eu, mas nunca se encontraram, senão não sabia explicar...
o ser mais novo que a soma das duas...
               Soma que conheci no Admirável Mundo Novo
o Soma que consumo não é Ulaci com Ulapa...
é  Soma com uma de cada vez... até morrer
... ...
acordo deitado perto de uma fogueira que só consumiu gravetos e haxixe,
toda a noite... ou dia... não me lembro
mas assim percebo os meus desejos recentes por Ulapa e Ulaci
sempre que perco o juízo só me encontro no passado que perdi
para recordar levanto-me outra vez
envergo um fato cinzento porque não tenho outro de linho
sapatos pretos, sem cordões, de pele de vitela virgem
sem roupa interior, nem meias para calçar...
caminho e procuro
procuro a caminhar
o templo que avisto está muito longe para o poder alcançar
mas... são as colunas do templo que se aproximam até me atingirem
... com a força da sabedoria de Salomão
cegam-me com o meu consentimento
encerram-me numa tumba, com uma caveira
de preto e seda negra... meio-vestido e meio-despido estou
veem-me buscar para um percurso trilhar
com dignidade e orgulho enfrento o que me espera...
depois da terra três outros elementos me confundem
... mas os quatro me iluminam...
no Oriente,
entre o Sol e a Lua encontra-se o Conhecimento Que Procuro
mas sem as respostas às perguntas que não sei fazer saio do templo
de novo de linho cinzento, sapatos simples e sem roupa de baixo...
encontro-me sozinho outra vez
mas continua a acompanhar-me uma ilusão
Luaname... não me afasto porque não lhe quero fugir
encontro-me com Ulaci outra vez, para reduzir a solidão a algo que perceba
mas o sexo com ela não me satisfaz nem me consome
converso com ela a beber champagne e a fumar fortes cigarros de cafeína
Ulaci percebe e não me acusa,
como eu nunca antes a critiquei ela devolve a simpatia
só agora percebo porque uma preta, belíssima e muito jovem espera por mim
não é pela descendência, nem pelo conhecimento
nem é pelo prazer de dividir todo o tempo ou um simples momento,
é só uma conversa partilhada...
uma garrafa meio bebida por dois, um cigarro mal apagado, um outro aceso e uma vela que arde entre nós
daqui até ao fim do tempo, como se só hoje fosse verdade
como eu e ela... desejamos...
ou aqueles que olvidam logo no primeiro segundo que passou
para o presente não passar a ser passado...
e surgir, de repente, o futuro!
que se esqueceu, de si próprio, por não se identificar consigo mesmo...
o lobo solitário só o é porque foi escorraçado
orgulha-se disso como se fosse independente, e não um moribundo
falece a seu e meu lado, comigo a escrever...
e ele sou eu
sozinho, ainda imagino que sou escutado...
sem ninguém para me ouvir, ninguém me contradiz
torna-se assim o meu discurso etéreo... eterno
aprendi com stalin... a falar baixo...
e ele com ele Nicolau Lenine...
hitler soube vociferar quando o povo que o escolheu o quis ouvir
soube aprender com moisés, um judeu
apelou a jesus, outro semita
esqueceu-se de maomé, senão ganhava a guerra... mas falhou,
acreditou no destino
como muitos outros, entre outros, lideres índios e ciganos que o precederam o fizeram
todos os que historicamente nada valem, e a não ser que eu os escreva:
pol phot, franco, salazar, chausescu, somosa, benito ou pinochet continuam figuras secundárias
papa doc e videla não, porque trouxeram o terror dos mortos para os vivos...
e as sombras os recordam
como eu me lembro na tentativa de os esquecer...
mas quero partilhar com a geração seguinte o que aprendi
como as antigas lições de alexandre, átila e gengis me ensinaram
variáveis e, e mas, por sinal unas,
até numa se tornarem:
“o direito do homem mais forte a assistir ao fim da liberdade”
citação livre, e libertina, de R.W. Fassbinder
in “o direito do mais forte à liberdade”
M.PIPER
 

 

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