Palavras que se me emperram.

‘Palavras que se me emperram’

Eu queria em mim sorver,
no rumor dos meus silêncios
no fio manso da corrente...
_A leveza de escrever.

Dedilhar os sentimentos
que me enchem os instantes
e me escorrem alma adentro
frementes de inquietação.

Consagrando de prazer
os momentos delirantes
a transbordar de emoção
que vão no meu pensamento.

Neste sentir que proclamo
marulhado à luz do dia
num ensejo de saber
simplesmente te dizer
numa forma de poema
em jeito de melodia…
_O tanto, quanto te amo!

(Rui Tojeira)

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Comentários

Sensibilidade à flor da pele...Inspiração plena advinda do ato de escrever. Lindo!

Obrigado pelo seu bonito e simpático comentário amiga Lourdes. Um beijo e um sorriso.

Maria's picture

Você,  (pro) clama o amor com suas palavras.

Lindo e tocante poema, Rui. 

 

"Amar o perdido

deixa confundido

este coração.



Nada pode o olvido

contra o sem sentido

apelo do Não.



As coisas tangíveis

tornam-se insensíveis

à palma da mão



Mas as coisas findas

muito mais que lindas,


essas ficarão."

( Memória - de Carlos Drummond de Andrade)

Saudações brasileiras. 

Boa noite amiga Maria, obrigado pela simpatia, fiquei embevecido com o comentário e claro gostei do poema de presente de Carlos Drummond de Andrade. Cumprimentos