Parasita

 

Amanheço com o peito apertado

P'la bomba contida

Do sonho no sono

No sonho do passado.

Balanço-me na carcaça pesada;

De tripas torcidas, pisadas 

Pelas horas tatuadas nas linhas

P'la pele fora.

 

Pauso no momento.

Namoro o calor do sol

Na brisa do vento

Que me embala.

Não há pressas.

Inspiro o instante

E parto,

De amor magro

Na mala.

 

 

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