Permissão
Eu não sou mais aquele. Até quando tento me ver pelos olhos alheios, não consigo me reconhecer. As tardes antes tão modorrentas continuam arrastadas, mas não as sigo mais. Aprendi a apreciar antes de querer. Enquanto puder contemplar tudo aquilo pelo que tiver que passar, tudo será bem-vindo. Eu assisto a mim mesmo caindo nas mesmas artimanhas antigas, sabendo que passarei por tudo de novo, as mesmas paixões e o mesmo destino, e tem uma parte de mim, bem escondida, que se diverte com a repetição, em saber e deixar acontecer. Aprecio a mim mesmo, meu próprio sofrimento, vontade, anseios, pecados, loucuras, besteiras, e amo cada uma das minhas partes avulsas. Afinal, se não for capaz de amar esse Eu tão infantil e errante, o que eu poderia realmente amar?
Comentários
Amanda Amanari
5ª, 30/07/2015 - 06:40
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Tão claro como a luz do dia
Tão claro como a luz do dia
Oseias Faustino...
5ª, 30/07/2015 - 16:59
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Aceitar-se!
Aceitar-se!
Aceitar-se, examinar-se, conhecer o próprio ser, saber e entender sobre os próprios sentimentos e pensamentos, ótimo texto... Conhecer a si mesmo, amar, aceitar-se é libertador em várias fases da vida...
Madalena
6ª, 31/07/2015 - 22:29
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Rhodys, mais um encantador
Rhodys, mais um encantador poema!
Abraços!!
Madalena
6ª, 31/07/2015 - 22:31
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"Eu me amo de tal maneira,
"Eu me amo de tal maneira, que dou minha própria vida por mim"!
Abraços!
M.C.R.