Pesadelo

 

Suave brisa arrepia tornando-me vulnerável.
Exposta às tempestades, encho-me de mim.
Vã tentativa.
Oco desejo.
Frágil, sucumbo aos elementos que fustigam.
Em violento crescendo.
Levo as mãos à cara.
Protejo-me de ameaças invisíveis.
Violentada, feridas abertas, sangue que jorra.
Trucidada pelo sofrimento, tropeço.
Mais golpes me são desferidos.
Exausta, rendo-me entregando-me.
Esvai-se-me o âmago e . . .
. . . já não me pertenço.

 

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