Quando já não há brigas
Quando já não há nem brigas
(Jorge de Azevedo)
Quando procuramos em cada esquina
Um motivo para não voltar
É sinal que o amor
Deixou de ser importante.
Quando encontramos nas mesas de bares
Razões fortíssimas para não ir,
A paixão sinaliza a perda do viço
E a saudade deixou de existir.
Quando isso tudo acontece
A melhor solução é correr,
Ir de encontro à intempérie,
Lutar contra a correnteza.
É hora de encontrar outros braços,
Se afogar em outras bocas
E mergulhar de corpo e alma
Em outros corpos.
É hora de sentar-se diante do computador
E procurar via internet, emoções perdidas,
Na rotina de um relacionamento
Falido por causa de tantas falências.
Quando isso acontece, não adianta se mostrar forte,
Tentar ser valente e coerente... Tudo acabou,
A gente quer fingir não ser verdade,
Mas, a gente sabe, tudo acabou.
Tudo morre um dia, tudo se deteriora,
O corpo se deteriora, a mente, as emoções.
O amor, o desejo, a paixão,
Aquela vontade de estar sempre junto.
Já não há cumplicidade para os erros
E nem alegria para os acertos.
Já não há mistério sob a lingerie
E nem vontades sob o pijama.
Quando tudo isso acontece
A única vontade que sobrevive
É ficar nos bares até mais tarde
E procurar nas esquinas, motivos.
João Pessoa, 24 setembro 2004
Comentários
Henricabilio
3ª, 18/06/2013 - 18:53
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como é doloroso o encontro
como é doloroso o encontro
com os desencontros...
Saudações!
_Abilio
Jorge de Azevedo
4ª, 26/06/2013 - 14:59
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Encontros e desencontros.
Encontros e desencontros.
Vidas que se perdem após terem se achado.
Como viver se morre dentro de cada um, a vida, depois dos elos rompidos?
Madalena
3ª, 18/06/2013 - 19:59
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É, quando chega esse ponto,
É, quando chega esse ponto, tudo acabou, talvez nem amizade restou!
Abraços
Jorge de Azevedo
4ª, 26/06/2013 - 14:59
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A amizade é o primeiro elo a
A amizade é o primeiro elo a romper-se, quando se chega a este ponto.