Quando olhares

Quando olhares para mim 
Lembra-te de quem eu sou.
Eu não finjo e não te darei rosas.
Contenta-te com o jasmim que dou
Pois eu, o fui apanhar àquela montanha 
Aquela montanha que disseste que gostavas 
Nos panfletos das nossas viagens.
E lá fui montado no cavalo da minha imaginação.
E disse ao alecrim que te cuidava com coração.
 
Não vou prometer riqueza
Nem aquela casa que sonhas 
Ou um carro, nem outro bem material.
Porque o imaterial, o nosso amor
É mais importante na nossa vida junta.
 
Dar-te-ei apenas delicaleza, tempero 
Amor, carinho e algum mau-humor 
De um momento imperfeito. 
Mas se houve-se perfeição era sinal 
que o nosso amor seria contrafeito.
 
Não te vou prometer perfeição 
Mas terás sempre o meu coração,
Eu que prometi ao alecrim que ia cuidar de ti.
E isso eu também te prometi. 
 
Quando olhares para mim
Lembra-te que jamais prometo 
Que vou ser o príncipe espachim 
Que te salva montado num cavalo branco.
Mas sim, um simples poeta apaixonado
Que te leva àquela montanha
Montados no cavalo da minha imaginação.
Conta a intenção.
 
Quando o teu olhar se dirigir 
Para a mim, se tiveres a coragem 
Não fiques aí a olhar a paisagem que vai vem, 
Ama-me perdidamente, tal eu te amo perdidamente
E protege-me perdidamente do que possa vir.
Tal como eu te protejo perdidamente.
 
António Madrugada
14/04/2017
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