Releitura!

Sim, li você.... interpretei
li mais uma vez... numa outra noite
na inquietação da madrugada
de manhãzinha, após uma noite insone
Não posso perder-me em sonhos
me mantendo acordado, transcendo
mas preciso dos meus delírios
dos devaneios mentais
São eles que me inspiram, a escrever
a ler e reler as tuas linhas tênues
aos impávidos seres que habitam
cada uma das curvas que dão equilíbrio
dão a exata dimensão onde estou
Me mantem com os pés ao chão
mas transito entre o sagrado e o profano
entre o desejo e volúpia à flor da pele
ao insano e a paixão, o tesão
a utopia e a vida real
Me obrigando a ser, esse poeta
no limiar da existência, entre a carne
e a essência espiritual... sem duvidar
apenas viver cada sensação
toda e qualquer emoção
e poetizar pela eternidade imoral
Julgados e crucificados seremos todos
mas seremos todos imortais
todos amantes
(DiCello, 07/09/2020)

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