SEM RUMO

SEM RUMO

 

De olhos presos na noite

Deixando as minhas pegadas

Caminho sobre a terra nua

Neste chão íngreme e cansado

 

Vestida de nostalgias

Diante de um céu sem lua

Perdida nas asas de uma gaivota

Sem destino ou direcção

 

O tempo perdeu-se

Na memória martelam ecos do passado

No peito uma dor que me dilacera a alma

 

No brilho dos meus olhos desfocados

Em soluços entrecortados

Encostada à janela da solidão

Aprisionada a um cálice de dor

Caminho nas palavras soltas sem sentido

Na solidão da minha voz

Perdida de mim sem raiz

 

Sou filha das brumas

Minh ‘alma sofrida esvoaça

Nas asas do vento que passa

Por rumos incertos

Vagueio pela noite fria e dura

Agasalhada pelo vento

Abraçado pela chuva

 

Lurdes Rebelo

https://www.facebook.com/Pensamentoslurebelo/?ref=hl

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Comentários

Meus aplausos pelo lindo texto

mesmo parecendo sem destino

estou certo rumo ao coração

Abraços

FC

Grata Frederico De Castro. Abraço