Solidão unilateral

Com galanteio a solidão namora este
Silêncio unilateral, até sugar da poesia
Cada palavra, cada rima feliz e liberal
 
Do profano ao sagrado a distância dilui-se
Embalando minh’alma que alucinada abotoa
Dois suspiros desta fé supremamente escrutinada
 
Acoitada entre a penumbra da noite que chega numa
Escuridão quase chacinada, vadia uma caricia
Egocêntrica mordiscando gargalhadas tão desatinadas
 
No jazigo do tempo repousa uma maresia justaposta
Alimentando contíguos silêncios que marulham além
Onde o poente reverbera num eco imenso e profícuo
 
FC
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