Subtis neblinas matinais

Escuto em silêncio o marulhar das ondas
Que gritam assustadoramente até desbravar
Cada maresia que navega além tão confortavelmente
 
Subtis neblinas povoam a manhã que ainda se
Espreguiça entre os lençóis da solidão impávida e serena
Tecendo em cada hora uma palavra uma rima tão amena
 
Num hiato de tempo as emoções recuperam a memória
Que avolumou em si recordações sempre ciclópicas, ante
A grandiosidade da fé e da esperança quase psicotrópicas
 
Incólume e transparente o silêncio gravita num póstumo
Sonho feito protótipo de muitos ecos anónimos
Oh leda solidão confinada a um lamento sem pseudónimo
 
FC
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