Suficiente silêncio
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 26 August 2017
És o sonho atiçado onde me aqueço
Num fogo aconchegante abrasado
És o tempo que se esvai tão pedante
Gota a gota pelos ventos andantes
És como um altar dos meus prantos
Sempre dilacerados, discordantes
Desenraizando a fé que se espreguiça
Viajando errante…unânimemente inconstante
És como aquele suspiro profano
Sugando todas as lembranças
Que trago tatuadas nos teus lábios
Apetecidos…toda me cobiçando
Vou desabotoar bem devagarinho
Estes versos apaixonados redescobrindo tuas
Margens a mim se entrelaçando até algemar o
Suficiente silêncio que furto à noite inundada de prantos
E enquanto cai o chuvisco solitário da manhã
Tenho-te toda ávida em fatias de desejos
Quase beligerantes, indefesa, viciante
Incutida nas minhas calmarias tão ofegantes
Por fim agora sossegadamente sacio
O tempo reverberando sereno neste hospício
De desejos serenos sem artifícios qual ganido
Latindo latente sempre mais sub-reptício
Fugimos enclausurados numa
Brisa dançante suspirando no travesseiro
Da noite onde pousamos nossos seres, repetidamente
Instintivos, sempre sempre mais excessivos
FC
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Comentários
Nereide
Sáb, 26/08/2017 - 19:44
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Poema lindo e encantador
Poema lindo e encantador,amigo Frederico, gostei imensamente!
Abraços fraternos
Frederico De Castro
Dom, 27/08/2017 - 18:51
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Grato pela visita Nereide
Grato pela visita Nereide
Bem haja
FC
Nereide
Sáb, 26/08/2017 - 19:48
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Obsr: amigo música
Obsr: amigo música maravilhosa. Nereide
Maria Simao Torres
2ª, 28/08/2017 - 16:33
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Poema cheio de sentimento, e muito intenso Senhor Frederico
Poema cheio de sentimento, e muito intenso Senhor Frederico, ao que já estamos habituados aos seus textos, de uma sublime e intensa escrita :)