Transparência

               Transparência

 

     Se fosse de vidraça a minha alma,

     Saberiam que desejos encerra.

     Simples, banais... e não desejam guerra,

     Só ternos afagos em tarde calma !

 

     Minha alma muitas vezes soluçou.

     E chorou. Mas nem eu a vi chorar.

     A sorrir, cada vez se levantou.

     A cantar, voltou sempre a caminhar.

 

     E quem não conhece a alma d' alguém,

     Desconhece sua essência, seu ser.

     Não sabe dar. Não pode amar ninguém !

 

     Agora, com saber que o tempo dá,

     Minha alma, já não tem nada a querer.

     Só paz ! Quando passar p'ro lado de lá !

    

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