Um copo

A felicidade do sol nascer dentro de um copo de vinho
um ombro inventado que me ouve a voz de fundo alerta
um rabisco infantil livre na esperança perdida no caminho
Morre de sede no meu gosto que foge pela brisa da janela
tua...

A tua casa cheia de gente minha onde o balanço é pouco
Aconchega-me a alma fugidia em abrigo do lado oposto
faltas-me tu e o resto teu que nao sou e me torna louco
cola-me nas costas do destino um papel a dizer eu gosto
de ti...

De ti se esconde o segredo nosso no meu copo cheio de nada
repara tu na paisagem que a janela nos oferece e não é nossa
pode ser dia mesmo nesta casa cheia de nós na noite calada
e no silencio escuro a criação dum rabisco infantil feito à pressa
Onde a voz ecoa... um grito
a tua lua presencia...me
e esconde...te
no meu equilibrio vazio
O teu copo de vinho
de sangue tinto!

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