Violetas

Poema publicado no livro Noite Interior de minha autoria, pelo Clube de Autores, pág 22

 

Abelha voa por cima da cor púrpura

embebendo-se do néctar farto

com gosto de roxo.

Emaranhando-se entre as teias e as pétalas,

a aranha tece sua rotina equilibrando-se

sobre o plástico azul-ferrete seguindo

os poucos raios louros que entram

pela janela e maquilam a tez da manhã.

Um pouco de poeira empobrecida

salpica o cinza que faltava a natureza morta

de uma casa vazia, como resquício de um sentimento

que outrora sentias.

Talvez, isso explique por que as traças

comem do amarelo da carta junto

ao buquê de violetas

que entreguei mês passado.

Interrompo a morbidez do dia

e me ponho a chorar.

 

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