A Voz...

Eleva-Se A Voz No Além Do Ser... 
De Cada Acreditação A Nascer... 
Entre Folhas Verdes A Crescer... 
No Desejo De Mais Viver... 
Na Imensidão Dos Sentidos... 
Tempos Em Luz Movidos... 
Em Cada Forma De Vida... 
Dia Noite Hora Sentida...

Dão-Se Vozes Em Cada Respiração... 
O Alento Do Som Em Emoção... 
Que Mias Choram As Rosas Na Ilusão... 
Na Atitude De Cada Solidão... 
Ao Corpo O Tom Do Coração... 
Genes Descendetes Da Imensidão... 
Grande É O Homem Em Sua Formação...

Pelas Notas De Um Acordeão... 
Soltas São Linhas Estreitas E Rectas... 
De Outros Afins Em Novas Metas... 
Queira A Voz Mais Se Escutar... 
Como As Brisas Queiram Peles Acalentar...

Por Ondas Soltas Dunas De Mar... 
Em Céus Abertos Em Desejos De Amar... 
Escuta-Se Um Perdão... 
Dá-se Uma Palavra Sem Razão... 
Que Os Lábios Abertos Se Dão Em Respiração... 
Não É Puro O Ar Em Inspiração...

Polos Dos Corpos Soltos... 
Vozes Largas Momentos Tortos... 
De Quem Vai No Encontro Louco... 
De Um Som Pobre Um Pouco... 
Em Sabor Do Além Em Alguém Mouco...

Espaço Que Se Ab re Em Meditação... 
Grande É O Universo Pequena A Mão... 
O Gesto Perdido Pela Aflição... 
De Algum Dia Ter Existido Na Contemplação... 
Do Ser Escutado Em Nós... 
Porque Sempre Se Elevará A Voz...

Por António Ângelo Azevedo Filipe. Em 31 De Julho De 2016.

 

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