De Mim Pertenço Eu
Sei quem sou?
Talvez sim
Capaz que não
... Não sei se de mim
pertenço-me EU.
Sou o transformar-se de atalhos
de um quase nada a pensar que tanto sabe.
Não sei quem sou
E sei no entanto,
Para o drama barato
E a ordinarice dos proclamas da esquina
Sou o desprezo
O asco encantado
A vileza subtil de poemas exclamados
Assassinados!
Tal qual seródios d'abismos
Gémeos da lógica incerta e gélida.
Sou malas prontas no exílio do meu ADN
Grávido de relógios que apontam-me
lágrimas cegas,desses olhos nús.
Não sei a que horas hão de calar-me
o grito tosco das idades que penso eu ter.
A lei do desatino
A crueldade da moral
Não sei quem sou?
Talvez sim
Capaz que não
Sou o acerto da contrariedade
O riso tolo do desgosto
A mixórdia da calamidade sem ancestralidade
Morta história,d'um livro habitado por vermes
que nascem mórbidas poesias.
Talvez não
Capaz que sim
Saqueada do sono
Adormecida isonia
De mim pertenço Eu
Nessa ironia em letras
gémeas das nossas púdicas dores.
Ronilda David/Loubah Sofia -Alma Feita De Ti
Na foto: Minha Filha Samantha David
Comentários
ronilda davidlo...
Dom, 16/06/2013 - 00:15
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....
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Rhodys de Rodri...
Sáb, 12/01/2013 - 02:08
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Sensacional!
Ler-te é como ver a alma de Fernando Pessoa viva e pulsante, em imagens onde me encontro e desencontro, como se sentisse tão próximo de mim que nem me reconheço direito. Tua obra é inspiradora!
ronilda davidlo...
Dom, 16/06/2013 - 12:34
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Quem sou eu Nobre Poeta
Quem sou eu Nobre Poeta Rhodys para tamanha comparação...
Mas mesmo assim grata por tuas palavras sensíveis que sei expressas com sinceridade e que muito incentiva-me a prosseguir nessa jornada das letras, o parecer d'um poeta é de imenso valor.
Meus cumprimentos e meus votos de que tenhas uma bonita semana.
Hélder Fernando...
Dom, 16/06/2013 - 00:11
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Quando se lê Sofia, entra-se
Quando se lê Sofia, entra-se no mundo da poesia. Ela é única e inconfundível no seu estilo em que cada palavra carrega um mundo de sentimentos. É entrarmos na subtileza sobrenatural da pura expressão dos sentimentos, levando-nos a um patamar de superior grandeza que nos envolve num ambiente mágico e doce misterio.
Docarmo
16-06-2013
ronilda davidlo...
6ª, 21/06/2013 - 11:19
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Ao ler as palavras do teu
Ao ler as palavras do teu coração o que mais comove-me é o facto de depois de tanto tempo eu sentir a doçura do teu encanto.
Beijo-te meu Anjo com amor.
Maria Inês
2ª, 17/06/2013 - 20:02
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TEU POEMA-DE MIM PERTENÇO EU
GOSTEI DO TEU POEMA, DA PROCURA DE TI MESMA! LINDA A TUA FILHA!UM BEIJINHO DO PORTO. Maria Inês.
ronilda davidlo...
6ª, 21/06/2013 - 11:21
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Para Maria Inês com carinho.
Grata por tua presença iluminada aqui na minha página Poetisa, por tua atenta leitura e por compartilhar comigo a alegria de absorver a beleza da minha Samantha.
Meu carinhoso abraço em Ti daqui de Amora.
Tenha um final de semana abençoado
MK. S
3ª, 18/06/2013 - 17:28
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Que belo poetar!!
Que belo poetar!!
E faço das palavras do Rhodys as minhas.
Encantada com tal poesia!!
Parabéns...
Bjs de luz ^^
ronilda davidlo...
6ª, 21/06/2013 - 11:22
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Para MK.S
Tuas palavras muito alegraram-me o coração, acredites.
Muito grata por teres vindo e cá deixar tua marca.
Um abraço carinhoso e meus votos de que tenhas um final de semana de muita paz.
Rodrigo Dias
5ª, 20/06/2013 - 21:45
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E não é?
"Sou o transformar-se de atalhos
de um quase nada a pensar que tanto sabe."
E não é que é isso mesmo?
Sempre buscando atalhos para fugir dos (des)caminhos da vida
E tentar sermos nós, nós mesmos apenas.
Apenas para continuar sendo mais alguém em meio à todos;
Parte da coletividade e do senso comum...
Belíssimo!
Madalena
Sáb, 22/06/2013 - 14:25
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Eis o detalhe! Tristeza, não
Eis o detalhe! Tristeza, não me atrapalhe!
Sai do meu caminho, eu gosto é de carinho!
Abraços
Recneps
6ª, 29/08/2014 - 11:04
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há locais dentro de nós que
há locais dentro de nós que nao se explicam ..nao têm nome ou desígnio...podemos apenas tentar mostrar por imagens e construçao de palavras a sensaçao desses mesmos locais. extruturar a desordem...tudo tem um estrutura se vir mos por diversos angulos...o caos tem um estrutura?...devaneios á parte, gosto do poema, gosto da sua essência