Aqueles Olhos Pequenos
Ali, naqueles olhos pequenos
E tão expressivos
Percebo a ausência
De alguma coisa que não sei explicar;
Não sei se falta amor,
Não sei se faltam ideais,
Não sei se falta carinho,
Não sei se faltam planos,
Não sei se falta alguém.
Não sei...
(É tanto vazio
Que já não mais há espaço para preencher)
Naqueles olhos pequenos
Onde as estrelas repousam
As lágrimas pelo mundo
Rolam incontinenti, os medos
Por ontem,
Durante hoje,
De amanhã,
Por aquele rosto pequeno.
Ali, naqueles olhos pequenos
Reflito e contrasto
Tudo o que é belo
Pois não há em nada
E nem em lugar algum
Beleza, que assim chamem,
Onde não há mais
Aqueles tão expressivos,
Inflexivos, reflexivos,
Aqueles olhos pequenos.
Que restam em paz
Por toda a eternidade.
(in: “Expressões Impressas & Impressões Expressas”; Usina de Letras, Rio de Janeiro, 2009)
Comentários
Nuno Cordas
5ª, 11/07/2013 - 13:22
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Assim é a poesia! Bem haja
Assim é a poesia!
Bem haja
Rodrigo Dias
5ª, 11/07/2013 - 19:18
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Obrigado
Obrigado Nuno. por tua leitura e apoio.
natalia
6ª, 12/07/2013 - 00:00
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sombrio...o olhar tristonho
sombrio...o olhar tristonho de quem só quereria amor e serenidade no rosto sulcado pela lágrima.
Gostei!
Rodrigo Dias
6ª, 12/07/2013 - 11:47
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Obrigado
Obrigado novamente, querida Natalia, pela atenção e pelo apoio.