De aleluias
Autor: Wania Andrade on Monday, 21 April 2014Sabes, é que há muito estou por minha conta,
correndo os riscos de mim, esquecidos num tempo tão meu,
vazando aqui e acolá, onde escolho ou não para vazar.
Sabes, é que há muito estou por minha conta,
correndo os riscos de mim, esquecidos num tempo tão meu,
vazando aqui e acolá, onde escolho ou não para vazar.
Dê-me a tua mão e então me ensine a flutuar
Para além do horizonte onde nasce a primavera
Onde o tempo nunca passa e ninguém nunca espera
Que o amor seja um presente flutuando pelo ar
Dê-me teu sorriso e me permita então sorrir
Por enquanto o mundo espera pra poder te ver passar
Dê-me uma gota do que perde-se no mar
Pra que eu possa então fazer alguma flor querer florir
Dê-me os teus olhos pra que eu possa me perder
Entre tudo o que eu sinto e que me deixa prosseguir
Busco o teu olhar em cada flor de girassol
Pelas gramas desse mundo e pelas facas desse fel
Nas centelhas de poesia doce e pura como o mel
Em uma valsa de lareira do canto de um rouxinol
Busco tuas certezas nos pesares dessa vida
Nas forças de um destino e nas fraquezas da vontade
No vazio de teu subúrbio, na amplidão de tua cidade
Ou na maçã tão rica e doce que não fora oferecida
MINHA FAMÍLIA
Tenho três filhos maravilhosos.
Luto com a mesma garra de uma leoa que defende seus filhotes.
Vestida de lavanda apenas,
desfila a moça
às margens do Sena.
E porque leve se fez,
Piaf se faz
e voa
alma de Paris.
Para a Musa