Amor

O Último de Nós

Ainda que teus braços me afagassem

E no clamor da valsa me afogasse

No lago que em teus olhos habita

Sabíamos que da janela se avistava

Uma tempestade que já se espreitava

Na ferida onde a guerra grita.

 

Ainda me pergunto por que partiu

Onde foste quando o céu era anil

Quando o canto das andorinhas ecoou

Na calada da noite a brisa beija

A folha do álamo que se esgueira

Na porta em que bateu e não voltou

 

Nas paredes descascadas do tempo

Sangro fel no monólogo com o vento

AMOR QUE NUNCA VI

Poema dedicado à nossa "Flor Poética" Conceição Cordeiro

AMOR QUE NUNCA VI

Sonhos de amor de quem amou
Neste poema que te dou………

Marcados nos cumes de aéreos precipícios
Onde o sol reluz nas auréolas dos anjos
Refúgios de suavidade outrora assíduos
De fadas, musas e arcanjos.

Colhidas pelo vento e desbotadas pelos tempos
As frases de sons e ecos enfraquecidos
Rodopiam nos cumes brancos e amarelecidos
Falam de saudades, ilusões, lamentos
Amores, alegrias e maus momentos.

AMAR...

Amar é inato,
Dos fados é o fado.
Amar é visceral...
É ódio controlado.

Amar é nocivo,
Chega a ser especial,
Amar é sorrir-te
Quando só te quero fazer mal.

Amar é explosivo,
É ter ombro para dar,
Amar é beijar-te
Imaginando estrangular.

Amar é mediar,
Incandescente como uma brasa.
Amar é diariamente
A nossa própria faixa de Gaza.

Como te odeio às vezes!
Digo-to sem torpor…
Mas não ligues princesa…
O ódio é o novo amor…

Efígie

Efígie

 

Tua imagem não foge da minha mente,

Teu sorriso que de tão belo, brilha incandescente,

Seus bugalhos vorazes de cor fenomenal

Enleou-me o coração com tamanha emoção,

No âmago de meu ser vicejou uma canção

Que fez do meu mundo deveras desigual.

 

Queria tê-la somente por um minuto talvez

Tão bom seria que decerto requereria mais outra vez,

Di-la-ia o que sinto se fosse fácil a mim,

Exasperar-me-ia se fugiste de mim por ai

Seria um tolo se vivesse minha vida sem ti,

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