Adeus Judas Iscariote!
Autor: Madalena on Sunday, 3 April 2016Adeus Judas Iscariote!
Adeus Judas Iscariote!
Sou um homem sozinho,
Sobrevivo abandonado.
Levaram-me o amor,
Deixaram-me a saudade!
Nada me incomoda, já nada me fascina,
Espanto a vista de quem me olha,
No dia em que a luz não ilumina,
No dia em que a chuva já não molha.
Vou-me embora para outro sitío,
Um sítio longe daqui.
Quanto mais longe estou,
Menos te sinto em mim.
Muitas vezes as pessoas que amamos
É que nos magoam, deixam feridas que
Custam a curar, a dor faz-nos chorar
Faz-nos sofrer, faz-nos querer parar de viver
Até que algo simples toca o nosso coração
Como a beleza do mar e do pôr- do -sol
Como carregar no ventre os filhos muito
Desejados e amados numa noite ao luar
E estrelada como esta, a simplicidade do vento
Ou da sua brisa, a bater no nosso rosto
Descobrir nas pessoas que pareciam ser sinceras
E que receberam a nossa confiança foram desonestas
Como na manhã que brilha a luz solar
Ao amanhecer eu te darei a minha vida
Onde de luto esta o meu pobre coração
Deixei as minhas flores num túmulo roxo
De olhos abertos, no limiar do teu desejo
Eu sou a escrava, dos meus sofrimentos
De lágrimas nos olhos do esquecimento
Na sepultura do desejo, rasgo a mortalha
Como uma lâmpada acesa de óleo reflexos
Brasas de raízes, oliveira de madeira verde
De pérolas, do mar de uma viagem longa
Luz sol quente de ti, de mim, a cada manha.